TURMA DO KAKEDO

TURMA DO KAKEDO



Nome sugestivo para um bloco de carnaval.


Ecologia.

Aquecimento do planeta.

Clima enlouquecido.

Degelo.

Neve excessiva nos Estados Unidos da América e na Europa...

Tudo isso não é novidade para nós. Mas, pouco fazemos ou não sabemos fazer para reverter esta situação. Faltam projetos com orientação mais direta. Parece que não acreditamos no que estamos vendo. Já começamos a assistir a terríveis catástrofes, fenômenos que só deveriam ser vivenciados pelas futuras gerações, (pensávamos nós).

No litoral, não se tem notícia de tempo mais quente. É o que afirmam os moradores antigos do litoral. Imaginem morar em municípios do Oeste do Estado ou da Região Central? O clima do Rio Grande do Sul, conforme informações da mídia, está sendo o mais quente do mundo, nesta temporada.

Onde foi o nosso vento nordeste? Onde se escondeu a brisa que sempre soprava, fazendo concorrência para o ventilador e ar condicionado? Nos verões anteriores, nem apetecia ir à praia! ... Tão agradável que era a temperatura.Já estamos com saudades do vento Nordeste que tanto incomodava...

Pela manhã, meu esposo e eu, saímos de bicicleta rumo a Tramandaí. Dia muito quente, ensolarado. Mais propício para um banho de mar. Mas... Fomos dar uma volta de bicicleta, para fazer exercício.
Quando circulávamos pela Rua Sahydi Abrahão, nas proximidades da igreja Matriz Nossa Senhora dos Navegantes, deparamo-nos com um homem que acabava de descer de uma carroça e que recolhia material do lixo para reciclagem. Vestia uma camiseta nova, muito vistosa, tanto que me detive para ler os dizeres que ostentava no peito:

“TURMA DO KAKEDO”

Não esperava por essa informação. Turma da Kakalhada até já ouvira falar. Mas Turma do Kakedo!...
Abordei-o. Pedi-lhe permissão para fotografá-lo. Prontamente posou para a foto no momento em que recolhia uma caixa de papelão em uma lixeira. Perguntei-lhe se poderia usar a sua foto. Respondeu-me que sim, desde que esta não lhe gerasse contas para pagar. Mas não vou usá-la. Não perguntei seu nome. Aparentava uns 50 anos. Sua pele revelava a permanente exposição ao sol intenso deste verão. Vestia uma bermuda clara, de cor areia. A camiseta vistosa, vestia-a por dentro da bermuda. Um cinto marrom arrematava o traje, dando-lhe um toque até de elegância e certa dignidade. Na cabeça um boné claro onde se lia Maceió. Ao posar, fez um sorriso, mas seu olhar era triste.

Essas pessoas que fazem esse trabalho de recolher lixo reciclável merecem o nosso respeito. Quero, através deste texto, fazer uma homenagem a todos aqueles que por necessidade, se dedicam à coleta de lixo seletivo. Estão prestando um serviço inestimável ao nosso planeta.

Quem sabe vamos começar a fazer alguma coisa, em nossas casas, para contribuir ou tentar reverter ou, ainda, pelo menos, tentar desacelerar a doença que acomete nosso planeta pela qual somos responsáveis?
Vamos nos informar, vamos ler sobre “como proceder de forma ECOLOGICAMENTE CORRETA”.



Eu tenho uma sugestão:

ACABAR COM OS SACOS PLÁSTICOS.

COMO?

Deveria haver um projeto que possibilitasse a colocação de coletoras de lixo com tamanho adequado, em cada esquina de quarteirão,  para o recolhimento do lixo: 1) orgânico; 2)Seco 3)Podas de árvores.

LIXO ORGÂNICO
1)Os moradores recolheriam o lixo orgânico em recipientes, permanentemente, reutilizáveis e o despejariam na coletora comunitária.Esse lixo seria recolhido diariamente.As sacolas de supermercado, tão utilizadas para esse fim, perderiam sua finalidade.

LIXO SECO
2) Da mesma forma, o lixo seco seria depositado sem ser acondicionado em sacolas. Poderia ser recolhido duas vezes na semana ou de acordo com a necessidade.

LIXO DE PODAS DE ÁRVORES
3)Outra coletora para lixo resultante da poda de árvores e jardins.
O recolhimento de podas poderia ser mensal ou quinzenal. Este seria triturado e transformado em adubo.Esse procedimento terminaria com o velho e  tão desagradável costume da colocação desse lixo em terrenos baldios ou em avenidas da cidade. O morador até paga um carroceiro para levar o que resultou da poda de suas árvores, mas o carroceiro livra-se desse lixo na primeiro terreno baldio. Esse problema também seria solucionado.

POR QUE A CAMAPANHA DA SACOLA DE TECIDO NÃO DEU CERTO?
A população continua usando as sacolas de supermercado para armazenar lixo porque não tem outra alternativa e é mais cômodo e econômico.

No caso de um projeto bem feito, a população começaria a colocar suas compras em sacolas de pano.
NÃO ADIANTA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO PARA SUBSTITUIR AS SACOLAS DE PLÁSTICO PELAS DE TECIDO, SE NÃO HOUVER UMA ALTERNATIVA PARA O PROBLEMA DO ACONDICIONAMEMNTO DO LIXO DOMÉSTICO.

Esse projeto desacomodaria a população, com certeza. Haveria muita reclamação, até que se transformasse em hábito e se começasse a colher os frutos que viriam a médio e longo prazo. Sem um pouco de trabalho nada se conquista.

Esse é o meu pensamento. Seria uma pequena parcela no muito que se poderá fazer.
Quem tiver outras sugestões...


Não vamos deixar tudo para a “Turma do kakedo,” não é?

Um comentário:

  1. Seja bem vinda ao mundo do blog, adorei seus textos, informativos, educativos e como não poderia deixar de ser, um show de conhecimento e sugestões para melhoramentos da nossa vida provinciana, ficou bem assim? Fico feliz em encontrar a professora entre nós, minha página foge um pouco do perfil clássico, meus textos migram para temas um pouco menos educativos, mas...tento divulgar aquilo que penso e divago em alguns momentos da vida, diria que são devaneios de um pseudo poeta, bem vinda ao nosso espaço, bjossss

    ResponderExcluir