ENTREVISTA (Clique aqui para comentários.)







Voltando a publicar entrevistas com escritores da AELN


Nossa entrevistada em destaque:


1-Nome do entrevistado     Mariza Simon dos Santos

2-Data da entrevista:   2011

3-Há quanto tempo está na AELN? Desde sua fundação.

4-Cidade de origem: Carazinho.

5-Por que se tornou membro da AELN? Senti a necessidade de unir os diferentes  escritores do litoral, promovendo uma reunião durante a 1ª Feira do Livro de Capão da Canoa em  2006 para discutirmos uma proposta cultural para a região litorânea. Deste Encontro nasceu a Associação dos Escritores do litoral norte, atualmente Academia.

6-Faz da escrita uma profissão?  Não é uma profissão já que também sou professora aposentada, mas pela vontade de contribuir como cidadã pesquisando e difundindo a história rio-grandense,  particularmente do litoral, pois tenho Mestrado em História da Cultura Brasileira. Continuo observando  as mesmas antigas deficiências e atrasos no processo educativo-cultural   nos  jovens e crianças.   ( hoje)

8-Como descobriu o caminho das letras? Como brotou o desejo de escrever?  Sempre  trabalhei com a preservação da cultura; me fascinam as questões da memória, da identidade, dos diversos processos culturas (usos e costumes ). Pesquiso   bastante e prazerosamente.


9-Sofreu alguma influência? Posso identificar meus tios Homero Simon e Edith Simon como  incentivadores e exemplos para mim. Minha formação no Colégio Centenário,em Santa Maria, de direção americana  (década 40 a 50) foi fundamental na minha formação.

10-Que horário reserva para suas leituras? E para escrever? Não tenho horário preferido. Gosto de trabalhar durante o dia mas, eventualmente continuo á noite, especialmente  nestes tempos modernos, quando temos a internet e o mundo ao nosso fácil alcance.
11-Que obra ou obras publicou? Publiquei dois livros, participei de algumas Antologias, pesquisas técnicas, revistas científicas. Meu trabalho como Assessora de Cultura e diretora de Departamentos na Secretária Estadual de Cultura  por cerca de 15 anos em diferentes governos estaduais, me propiciaram muitas e diversas visões do processo cultural no Estado e no País. Tive o grande privilégio de assessorar o escritor e folclorista Barbosa Lessa, uma inteligência brilhante, além de trabalhar com importantes intelectuais como Luiz Antonio Assis Brasil, MilaCauduro, Carlos Jorge Appel, Tarcísio Taborda, Lauro Pereira Guimarães,Dante Laytano, Paulo Xavier, Moacir Domingues e tantos outros.

12-Fale dela ou delas?Meu livro “Honório Lemes - um líder carismático” pesquisa a participação deste revolucionário na conjuntura político-social da República Velha.
 Esgotado.
“Origens de Capão da Canoa -1920-1950” recupera  o povoamento inicial litorâneo, com   ênfase no surgimento do Capão do Arroio, posteriormente Capão da Canoa.
13-Foi difícil a publicação?
Sempre publiquei às minhas expensas. .Uma publicação tem custos altos e o processo de divulgação é inexpressivo. Publicar e divulgar torna-se difícil para qualquer escritor que não  seja midiático.

14- Como vê a cultura no litoral Norte?
      Vindo morar em Capão da Canoa devido  problemas sérios de saúde e já aposentada,  deparei com  carências culturais. Como diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE – conhecia o trabalho cultural e artístico de Osório, Santo Antonio da Patrulha e Torres.   
Busquei incentivar e promover ações culturais junto à CASA DO ARTISTA CAPONENSE, e quando Presidente e participei  ativamente das gestões para a criação da CASA DE CULTURA ÉRICO VERÍSSIMO, onde continuo a contribuir, sem vínculos. Fui a 1ª Presidente do Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio (COMUC) e  participei ativamente das quatro (04) edições das  Feiras de Livros de Capão da Canoa. Atualmente, como vice do Presidente Mário Feijó na Academia dos Escritores do Litoral Norte,  sinto-me capaz para  contribuir  na promoção e incentivo à Cultura litorânea e no conhecimento de sua rica história, especialmente para os estudantes da região.

15-O que pensa sobre a tecnologia digital em relação ao livro impresso? Tenho firme convicção de que teremos  livros impressos para determinados gêneros literários e digitais, àqueles voltados às áreas técnicas. Só o tempo dirá. No Brasil levará muito tempo, mas nos países mais desenvolvidos o processo se acelerará.

 CITE:

1-Um livro que tenha gostado e que recomenda: a trilogia “O tempo e o vento “!
 Como romance histórico.
2-Um autor de sua preferência: Érico Veríssimo entre tantos outros

3-Um  ídolo:  Não tenho ídolos

4-Um filme inesquecível: “E o vento levou”

5-Uma música preferida:  Meu gênero musical preferido são os “blues”.

5- Uma personalidade que admira:    o líder Nelson Mandela

6- Um recado para ler mais ou começar a gostar de ler. O hábito deverá ser iniciado
na família; posteriormente, complementado pela escola. 
7- Fale sobre o que desejar.
   A AELN tem uma proposta de médio e longo alcance para a consecução de seus objetivos.  Penso que estamos avançando. Temos caminhos a percorrer e um deles  deverá ser nossa  integração com os cursos  de Literatura e História           nas Universidades regionais.



2 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns pela iniciativa Dna. Leda. E a entrevista com a Mariza está maravilhosa. Como eu sempre digo: Mariza é Mariza! Abs e sucessos por aquí.

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  2. Aplausos a dona Leda, que têm coragem de tornar realidade seus projetos... As entrevistas, por mais simples que sejam, fazem parte do acervo histórico de um povo; pois o pensamento não registrado é história inexiste. E a entrevistada está de parabéns, a experiência de Dona Marisa aqui registrada muito serve de espelho para nós jovens, que buscamos um lugar ao sol. Vocês duas, "entrevistadora e entrevistada", muito nos orgulham com sua presença na AELN/RS.

    Delalves

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